Na manhã seguinte, Catarina se arrumou e se despediu dos tios e da pequena prima, que já estava bem em casa. Com um sorriso que tentava transmitir confiança, saiu, embora por dentro estivesse nervosa, não apenas por ser seu primeiro dia de trabalho, mas também pela possibilidade de cruzar com Henri em algum momento do dia.
“Será que ele vai ficar muito tempo na cidade?”, perguntava-se enquanto caminhava pelas calçadas. Ainda que não quisesse vê-lo novamente, a simples ideia de que ele pudesse ir embora a qualquer momento a deixava estranhamente triste.
— Por que continuo sentindo algo por alguém que só soube me usar? — murmurou para si mesma.
Ao chegar à entrada do resort, caminhou até a recepção. Seu olhar percorria o lugar, como se procurasse alguma coisa… ou alguém.
— Aí está você — disse Tom Cambrainha, surgindo atrás do balcão da recepção com um sorriso largo. — Sabia que seria pontual.
Ele deu a volta no balcão e se aproximou dela com passos tranquilos, o olhar percorrendo discr