Catarina mordeu os lábios, um pouco confusa com tudo, e ajeitou a bolsa no ombro.
— Eu já vou indo — disse, num tom contido.
— Espera! — pediu Henri, dando um passo à frente.
Ela o encarou mais uma vez, e o simples contato visual fez seu coração acelerar.
— O que foi? — perguntou, tentando soar confiante.
— Você mora aqui por perto? — quis saber ele.
Ela hesitou, ponderando a resposta por um instante, sem entender o motivo da pergunta.
— Não, eu não moro — respondeu, por fim.
Após dizer isso, desviou o olhar, deu um breve aceno e virou-se para ir embora. Henri permaneceu ali, observando-a se afastar, sentindo o vazio familiar retornar ao peito, como se o destino tivesse lhe devolvido algo apenas para arrancar de novo alguns segundos depois.
Quando Catarina sumiu de sua vista, Henri ficou parado por alguns segundos, como se o tempo tivesse parado junto. Sentiu um aperto no peito, uma mistura de arrependimento e saudade. Queria ter conversado mais, ter dito algo que fizesse sentido, tal