LARA
O céu ainda não está completamente claro quando acordo. A claridade suave da manhã escapa pelas cortinas translúcidas, tingindo o quarto com tons dourados e silenciosos. Por um segundo, demoro a entender onde estou. Mas então sinto o calor.
O calor dele.
O braço de Dorian repousa ao redor da minha cintura, pesado, possessivo. Sua perna está sobre a minha, como se o sono não tivesse apagado o impulso de me manter por perto. E eu sorrio, de olhos fechados, respirando fundo o cheiro da pele dele — um misto de sabonete caro, lençóis de hotel e tudo o que aconteceu entre nós nas últimas horas.
O sol entra pelas cortinas semiabertas, pintando o quarto com um dourado suave. O tipo de luz que beija a pele e faz tudo parecer cena de filme. Me espreguiço devagar, sentindo músculos que nem sabia que existiam. Estou dolorida de um jeito bom. Daqueles que fazem o corpo lembrar, a cada movimento, que a noite passada foi mais que um sonho.
Abro os olhos devagar.
E dou de cara com ele me observa