LARA
Ainda estou sobre ele, com a respiração entrecortada e o sorriso da vitória brincando nos meus lábios, quando sinto as mãos de Dorian deslizarem pelas minhas costas com uma lentidão que não promete descanso.
Promete revanche.
— Agora é minha vez — ele diz, com aquela voz grave, recém-desperta, que parece ter nascido para me desmontar.
Eu rio, mas o riso não dura. Porque ele se move. Com agilidade surpreendente para alguém que mal tinha forças há poucos minutos, me vira com um único impulso e me coloca sob seu corpo, sem tirar os olhos dos meus.
— Achei que você precisava descansar — provoco, mordendo o lábio inferior com a ponta dos dentes.
— Não. Eu precisava lembrar o gosto da sua pele.
As palavras dele vêm carregadas de promessa. Mas não é só o tom — é o olhar. Intenso. Profundo. Como se estivesse prestes a me consumir. Como se tivesse guardado todos os beijos, todos os toques, todas as vontades para esse exato momento.
Sinto o calor se espalhar entre minhas pernas antes mesmo