A porta mal se fecha atrás de nós. O som do clique é abafado por nossas respirações entrecortadas, pelo barulho do tecido sendo puxado, pelo roçar dos corpos que não sabem mais fingir que não se querem. Dorian me vira com uma rapidez que quase me tira o fôlego. Me pressiona contra a porta do quarto como se ali fosse o último lugar seguro entre nós.
Sua boca volta para a minha com a mesma urgência de antes, mas agora há algo mais — desespero. As mãos dele me seguram pelos quadris, puxam meu corpo contra o dele como se quisesse me moldar, apagar qualquer distância que ainda reste. Rebolo em seu colo, sentindo como ele me quer. Sentindo como eu o quero.
Minhas costas tocam a madeira fria da porta enquanto sua boca desce pelo meu pescoço, sua respiração quente e descontrolada. Ele solta o nó da própria gravata sem parar de me beijar, e desliza as mãos pela lateral do meu corpo, até alcançar minhas coxas. Me ergue como se eu não pesasse nada. Meus braços automaticamente envolvem seu pescoç