LARA
O beijo dele me consome, como se tivesse esperado por esse momento com a mesma ansiedade que eu tentei esconder a noite inteira. Não há mais barreiras. Nem orgulho. Nem mágoas. A boca dele deslizando sobre a minha, exigente, descontrolada, e as mãos quentes em minha pele como se pudesse me possuir com o toque.
Sento completamente em seu colo, sentindo sua ereção pressionada contra mim, e solto um gemido baixo quando ele empurra o quadril para cima, como se me desafiasse a resistir mais um segundo. Não consigo. Nem quero.
Minhas mãos exploram o peito dele por baixo do paletó. Arranco os botões da camisa com uma pressa desajeitada, como se o mundo fosse acabar antes que eu pudesse sentir sua pele. Ele geme quando minhas unhas arranham sua clavícula. Eu me afasto o suficiente para encará-lo — a boca entreaberta, os olhos em chamas.
— Você me enlouquece — murmuro, arfando.
Ele sorri, torto, satisfeito.
E então me puxa de volta, a boca deslizando do meu pescoço para meus ombros, e fin