SEBASTIAN
A claridade tímida da manhã atravessa as cortinas, inundando o quarto com uma luz dourada e suave. Abro os olhos devagar, sentindo o calor de Isadora ainda ao meu lado, sua respiração calma e ritmada, os cabelos espalhados pelo travesseiro. Há algo em vê-la dormir que me desarma. Ontem à noite foi intenso, com muita entrega, mas também com pausas silenciosas, como se tivéssemos medo de acordar de um sonho bom. Entre carícias e beijos, entrei de vez no coração dela e, ainda assim, continuo me perguntando se mereço estar lá.
Me viro de lado, observando-a por mais alguns instantes. Isadora merece descansar. Ela carrega o peso de tantas coisas: mãe, esposa, profissional, administradora da casa… e, ainda assim, consegue se manter tão firme. Enquanto isso, eu, que deveria ser o porto seguro dela, sou o que mais trouxe instabilidade.
Essa constatação me faz sentir pequeno, quase indigno, diante da mulher incrível que tenho ao meu lado. Suspiro baixinho e deslizo para for