ISADORA
Subo as escadas de mãos dadas com Sebastian, sentindo o calor da palma dele contra a minha. Meu coração dispara em cada degrau, como se tivesse consciência do que estou prestes a fazer, mas minha cabeça não tenta me deter. Não hoje. Não depois de tudo que aconteceu.
Quando entramos no quarto, fecho a porta atrás de nós e o silêncio que se instala parece ganhar corpo.
Ele permanece de pé, diante de mim, hesitante. Não precisa dizer nada; o olhar dele me entrega. Sebastian sempre foi confiante em todos os aspectos, mas agora, parado ali, com a respiração pesada, vejo um homem que luta contra a própria confusão. A dúvida dele não é sobre mim, é sobre si mesmo. E mesmo assim, está aqui. E isso já significa muito mais do que qualquer palavra.
Me aproximo devagar, sentindo a tensão entre nós crescer como eletricidade no ar. Quando ergo o olhar, encontro os olhos dele me observando intensamente, como se quisesse gravar cada detalhe meu. Levo a mão ao peito dele, sentindo o c