SEBASTIAN
Enquanto Isadora está cuidando de Enrico, aproveito para saber se está tudo bem em nossa casa na cidade. Assim que me afasto para fazer a ligação, caminho até a varanda envidraçada, com o lago refletindo o céu ainda meio cinzento da manhã. O ar frio me invade os pulmões quando abro a porta, e eu inspiro fundo antes de discar o número de Ademir.
Ele atende no primeiro toque, a voz firme.
— Bom dia. Liguei para saber como estão as coisas por aí.
— Senhor, está tudo tranquilo por aqui. Nenhuma movimentação estranha desde a última vez. Cobri todos os perímetros e deixei os homens em pontos estratégicos. A polícia também já foi comunicada e está em alerta.
— Bom — respondo, tentando aliviar a tensão que parece morar nos meus ombros desde o acidente. — Mas não relaxem. Há um suspeito. Vou levantar mais informações e entregar a você assim que tiver algo sólido.
— Perfeito. Eu e os rapazes ficaremos atentos. Qualquer sinal, acionamos a polícia primeiro e, logo em seguida,