O celular de Sebastian vibra sobre a mesa de centro, cortando o silêncio confortável que pairava entre nós. Ele suspira, ergue as sobrancelhas como quem já sabe que não terá escapatória e atende. A voz dele muda, mais firme, profissional, e eu entendo o recado sem que ele precise dizer nada. Dou espaço, levanto do sofá e sigo para o quarto, deixando que ele resolva o que precisa.
Fecho a porta atrás de mim e o silêncio me envolve de novo, mas dessa vez não é acolhedor. Fico com a mente latejando na conversa que tivemos a pouco, na insistência de Sebastian em querer saber quem é o pai biológico da Ísis. Ele não tem ideia… não tem a menor noção do peso que essa resposta carrega dentro de mim. Porque eu sei. Não o nome, não o rosto. Mas sei do que ele foi capaz de fazer com Rebeca, sei da chantagem, da sujeira, das ameaças por dinheiro. Guardei esse segredo porque ela me implorou, porque me fez prometer que não diria nada a ninguém, principalmente a ele.
Mas e se Sebastian descobri