Entro no prédio da BRtech ao lado de Isadora, ainda sentindo a tensão presa nos ombros dela. No carro, durante todo o trajeto, percebi o quanto foi difícil para ela se separar de Enrico. A cada mensagem que enviava para a babá, a cada olhar perdido pela janela, eu sabia que seu coração estava de volta em casa. Fiz o possível para convencê-la de que a segurança é suficiente, que não há motivo para pânico — mas, por dentro, também carrego essa apreensão. Apenas não posso deixar que ela perceba o quanto me afeta.
Quando nos despedimos no elevador, deixo um beijo rápido em sua testa, e vejo em seus olhos uma mistura de gratidão e medo. As portas se fecham, e eu sigo em direção à sala do meu pai. Sei que a conversa que me espera não vai ser simples.
Bato à porta, escuto o “entre” seco e, ao abrir, encontro ele atrás da mesa, o cenho franzido, as mãos segurando uma pilha de papéis como se fosse uma arma contra mim. Respiro fundo, fecho a porta e decido ir direto ao ponto.
— Pai… eu s