O medo tem nome

Os socorristas trabalham com a calma afiada da urgência: sondas, curativos, pressões, perguntas técnicas para que eu não fique em pé segurando o nada. O policial que trouxe a notícia se mantém ao canto, os olhos evitando os meus, talvez culpado por ter demorado, por tantas coisas que só significam mais dor. Danilo segura o meu ombro, uma mão firme, e Bart está do outro lado, tronco rígido, mas com a boca trincada num raro sinal de alívio. Meu corpo inteiro está ali, na cama, como se eu tentasse ser um escudo humano entre a enfermidade dela e o mundo.

Olho para os ferimentos: hematomas, cortes superficiais, escoriações. Nada que eu não consiga suportar. Nada que não se cure com o tempo. E mesmo assim, a visão de qualquer coisa que tenha ameaçado a vida dela me enche de uma cólera tão primitiva que sinto o chão tremer. Pergunto ao paramédico a avaliação: precisa de soro, fazer exames, limpar melhor os cortes, observação por 24 horas. Nada de fraturas graves — uma bênção pequena dema
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