A campainha soou segundos depois de eu correr para o quarto e dar um jeito no cabelo, na roupa, na compostura. E, ainda assim, quando me vi de frente para a porta, tive que inspirar fundo antes de girar a maçaneta. Era como se meu corpo todo estivesse ciente da presença dele antes mesmo de vê-lo.
Quando abri, Sebastian estava ali — alto, impecável como sempre, mas com uma expressão que misturava hesitação e algo que eu só podia definir como cansaço silencioso. Seu olhar percorreu meu rosto como se procurasse alguma coisa.
— Oi — disse, com a voz mais baixa que eu esperava.
— Oi. Entra.
Ele deu um passo, mas parou assim que viu Olívia no sofá, com a taça de vinho ainda nas mãos e um sorrisinho maroto que ela tentava — em vão — esconder. Os olhos dele encontraram os dela por um instante, e foi o suficiente para deixá-lo visivelmente desconcertado.
Olívia, rainha da percepção que era, se levantou como se tivesse acabado de lembrar de um compromisso urgente.
— Eu... acho que