Isadora
A ligação de Sebastian foi rápida demais para que eu processasse qualquer coisa. Ele falava atropelado, a voz pesada, tensa — dava pra sentir o cansaço, o alívio e o susto tudo misturado. Disse que pegaram Bernard, que tudo tinha acabado, mas que Eduardo havia sido ferido. Não explicou como, nem por quê. Só repetia que agora estávamos livres, e que eu não precisava me preocupar.
Mas como não me preocupar?
Em menos de dez minutos eu já estava na rua, com a bolsa atravessada no ombro e o coração batendo tão alto que parecia ecoar dentro da cabeça. Pela priemeira vez fiz questão de usar o helicóptero que Sebastian possui e deixa à minha disposição para qualquer emergência. Aquela era uma, e eu precisava ir até ele o mais rápido possível.
Depois que pousamos em Belém, um carro estava a minha espera.
O hospital era longe, e o trânsito parecia zombar de mim — cada semáforo vermelho era um soco no estômago, e a cada carro devagar à minha frente, uma tortura.
Quando c