Enquanto pressionava Francine contra a parede, Natan continuou destilando o veneno em forma de palavras:
— Você me deve, Francine. Fui eu que banquei você enquanto brincava de modelo. Eu que tirei você daquele alojamento medíocre, pra não dizer muquifo, e coloquei numa casa de verdade. Fui eu que paguei suas dietas absurdas, seu nutricionista, seu médico… ou já esqueceu dos infinitos desmaios que tinha porque se recusava a comer, só pra manter o peso?
Enquanto falava, a mão que a mantinha pressionada deslizou para a cintura dela, apertando-a com força.
Francine tremia de medo, o coração disparado.
Ela conhecia bem aquele lado dele: controlador, possessivo, violento. Não conseguia prever até onde ele iria. E pior, não tinha certeza se estava armado.
As palavras simplesmente não saíam, era como se ele tivesse arrancado o ar de seus pulmões.
Natan prosseguiu, a voz carregada de convicção insana:
— Você vai ser minha mulher. A sua presença ao meu lado me abre portas, atrai investi