Quanto mais o carro se aproximava da mansão, mais o coração de Francine batia como um tambor dentro do peito.
O som do motor misturava-se ao latejar em seus ouvidos, tornando impossível distinguir onde acabava a realidade e começava o desespero.
Uma fagulha de esperança, quase infantil, brilhou dentro dela quando ouviu o som metálico e arrastado do portão automático se abrindo.
Era ele. Era Dorian.
O farol do carro iluminava a fachada imponente, e por um segundo ela acreditou que estava salva.
Mas essa esperança foi esmagada de forma cruel quando, sem aviso, Natan apertou ainda mais o rosto dela entre suas mãos e puxou-a para um beijo.
Foi violento, forçado, sufocante. O hálito dele, apesar de doce e quente, invadiu os pulmões dela como veneno.
O choque foi tão grande que Francine ficou imóvel, paralisada. Ela havia imaginado muitos cenários, desde ameaças até socos, mas nunca esse.
O beijo roubado queimava sua boca, como se fosse a marca de um domínio que ela nunca