Francine saiu apressada do café, o salto dos sapatos ecoando contra o chão de pedra da calçada.
A raiva ainda latejava em seu peito, como se cada palavra de Natan tivesse deixado uma marca em brasa.
O ar parecia mais denso, e ela precisava se afastar dali antes que a explosão dentro dela transbordasse de vez.
Seus passos eram rápidos, quase impacientes, mas havia uma firmeza neles: não importava o quanto ele tentasse envolvê-la de novo, ela não ia ceder.
Enquanto caminhava em direção à clínica odontológica, a lembrança do rosto dele calmo, quase sereno, como se tivesse pleno controle da situação, a irritava ainda mais.
"Quem ele pensa que é? Como pode falar em amor e, ao mesmo tempo, tentar me prender numa vida que nunca foi a minha?"
Francine apertou a bolsa contra o corpo, respirando fundo para não deixar que a raiva a cegasse.
Ao chegar, encontrou Malu na recepção, conversando com o dentista sobre os cuidados pós procedimento. Ela tentou esboçar um sorriso, mas a anestesia não d