Francine o encarou por um segundo, e então soltou uma gargalhada escandalosa, jogando o corpo para trás na cadeira. As pessoas da mesa ao lado chegaram a virar o rosto para ver o motivo de tanta graça.
— Você definitivamente está louco! — disse entre risos, balançando a cabeça como se estivesse diante de alguém completamente fora da realidade.
A risada de Francine ainda ecoava no ar quando Natan, com o semblante fechado, ergueu uma sobrancelha e respondeu, a voz grave e controlada, mas carregada de um sarcasmo perigoso:
— Não entendi por que está rindo... Quer que eu te mostre a nota fiscal? — disse, puxando a carteira com movimentos lentos e calculados, como se quisesse provar sua autoridade até nos detalhes.
A expressão divertida de Francine vacilou. Por um segundo, ela se perguntou se aquilo poderia, de alguma forma, fazer sentido. Mas logo revirou os olhos, como quem não estava disposta a ceder terreno.
— Tá louco? Eu não vou ficar aqui ouvindo suas asneiras. Isso foi um presente