— Trinta minutos até o resultado. Vai passar voando… ou rastejando — murmurou para si, se afastando da sala do desfile com passos incertos.
Francine resolveu andar. Respirar. Fazer qualquer coisa que a distraísse.
Foi parar na praça de alimentação, e quando deu por si, estava com um sorvete de casquinha na mão. Baunilha com cobertura de chocolate.
Se sentou em uma das mesas do canto, e até conseguiu sorrir, observando o movimento do shopping. Estava bem movimentado para uma terça-feira.
Por um instante, sentiu-se invisível. Livre.
Mas não estava.
Do outro lado da praça, o rapaz que a tinha reconhecido na hora do desfile ainda a observava.
Agora ele se escondia entre as vitrines e colunas, com o capuz do moletom puxado até a testa.
— Então era aqui que você estava se escondendo, princesa — murmurou, o olhar estreito. — Francine Morais. Ou deveria dizer… Francy Moreau.
Ela, no entanto, nem sonhava com a presença dele. Estava ocupada demais tentando não surtar por antec