Na manhã seguinte, acordei com o corpo quente da Eliza envolto no meu. Seus cabelos escuros espalhados pelo travesseiro, macios contra minha pele, e uma serenidade rara descansando em seu rosto. Por um instante, o mundo pareceu suspenso.
Ela respirava calma, e cada movimento do peito dela, subindo e descendo devagar, me fazia acreditar que talvez… talvez ainda houvesse paz para nós. Toquei de leve uma mecha solta que caía sobre seu rosto, afastando-a com cuidado para não despertá-la. Era nesses momentos, quando o silêncio nos cercava, que eu me lembrava do porquê jamais consegui me afastar dela de verdade.
Mas logo a tranquilidade deu lugar à realidade. O peso da noite anterior ainda latejava em minha mente, como se cada detalhe tivesse sido calculado para me atingir no ponto exato. Eliza apareceu no meu quarto usando apenas um sobretudo, e por baixo uma lingerie que não deixava margem para resistência. A cena inteira parecia saída de um sonho, mas eu conhecia bem demais a mulher que