Capítulo 11

As luzes do convés inferior estavam suavemente acesas, refletindo em tons dourados nas laterais cromadas do iate. Caminhei até a grande janela panorâmica de vidro, que se abria para o mar escuro e revolto. As ondas batiam com fúria, como se refletissem o que estava acontecendo dentro de mim.

Nathan surgiu com duas taças nas mãos, o champanhe borbulhando no cristal fino. Os olhos dele estavam mais escuros, intensos… e famintos.

— Aqui — ele estendeu a taça pra mim com um meio sorriso. — Champanhe gelado. Dizem que ajuda a esfriar os ânimos.

Aceitei a taça sem desviar o olhar, e toquei seus dedos de propósito ao pegar. O arrepio veio imediato — e ele percebeu. Claro que percebeu.

Dei um gole lento no champanhe. Estava gelado, refinado, exatamente como eu gostava.

— Eu não consigo ficar longe de você. — ele disse, baixo, quase como uma confissão.

Sorri sem emoção, ainda olhando para o vidro à minha frente.

— Isso nunca foi problema antes.

Nathan encostou a taça sobre o a
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