Nathaniel estava implorando pra ficar comigo, pra voltar comigo.

E por um instante… eu me vi olhando pra ele como antes. Como nos primeiros dias. Quando ele sorria só pra mim, quando seus olhos diziam mais do que sua boca era capaz de expressar. Quando eu acreditava que amar um homem como ele era suficiente pra ser feliz.

Mas agora, sentada de frente pra ele naquele iate luxuoso, eu era outra mulher. Eu me sentia absurdamente poderosa e ao mesmo tempo, uma idiota.

Meu corpo estava quente. Cada célula minha parecia faminta por aquele toque que um dia eu conheci tão bem. O modo como ele me olhava, a forma como minha pele reagia à sua presença, como se gritasse por atenção, por desejo, por um passado que não devia mais me pertencer…

Mas doía demais lembrar.

Doía lembrar do silêncio entre as paredes do nosso antigo apartamento. Do modo como ele passava por mim como se eu fosse só uma sombra. Das noites em que eu me encolhia do outro lado da cama, desejando que ele me visse, que esten