A tempestade que se anunciava não era feita apenas de nuvens e vento. O céu, denso, carregava tons metálicos que pareciam refletir exatamente o que se espalhava silenciosamente dentro da torre da Carter Enterprises: o pressentimento de que o inimigo havia cruzado os limites.
Helen e Ethan chegaram cedo, como de costume. O elevador subiu com suavidade, como se ainda não soubesse do que estava prestes a acontecer. Lá dentro, eles trocaram sorrisos, toques nos dedos, olhares cúmplices. Mas por trás das gentilezas, havia tensão. Uma inquietação quase instintiva. O tipo de silêncio que precede a queda.
— Dormiu bem? — Ethan perguntou, apertando levemente a mão dela.
— Tentei. Mas… — Helen fez uma pausa, olhando para a luz fria do teto. — Sinto como se algo estivesse por vir. E não é o bebê.
Ethan puxou-a suavemente para perto.
— Nada vai te tocar, Helen. Nem a você, nem ao nosso filho.
Ela apenas assentiu, mas o frio na espinha não passou.
Enquanto isso, no subsolo do prédio, Liam assistia