O relógio no criado-mudo marcava 21h47 quando Helen saiu do banheiro, vestindo apenas uma camisola de seda clara que deslizava pela pele como uma carícia morna. Os cabelos ainda úmidos estavam soltos, caindo sobre os ombros, e os pés descalços faziam quase nenhum som sobre o tapete espesso do quarto.
Ethan estava encostado na cabeceira da cama, de camiseta cinza justa e calça de moletom, com o olhar cravado nela desde o instante em que ela surgiu pela porta.
— Você vai me olhar assim até eu derreter? — ela perguntou com um meio sorriso, o rosto ainda com vestígios de cansaço.
— Eu vou olhar assim… até você se acostumar com o fato de que é a mulher mais linda que já existiu. — respondeu ele, com a voz rouca, o olhar percorrendo cada curva do corpo dela.
Helen riu, mas corou. Sempre corava. Mesmo grávida, mesmo com dias cansativos, mesmo após semanas de convivência intensa, Ethan ainda conseguia fazê-la se sentir desejada de um jeito único, reverente, quase sagrado.
Ela subiu na cama e