A campainha soou às 18h58. Duas batidas seguidas por um leve toque de sino, como se quem estivesse do outro lado da porta já soubesse que aquele momento exigia mais do que um simples “ding-dong”.
Na sala, todos prenderam a respiração.
Helen, que ajeitava as almofadas pela décima vez, parou no meio do gesto. Zoe, ao lado da bandeja com os talheres de sobremesa, ergueu as sobrancelhas para April, que parecia petrificada no corredor.
— É ele. — sussurrou April, como se anunciar a chegada de Tomás fosse invocar um furacão.
— Eu abro. — Ethan disse, erguendo-se com a lentidão calculada de um leão prestes a examinar o território.