Maxin nunca foi um homem de se arrepender. Cresceu em um mundo onde decisões erradas custavam caro, e hesitar podia ser a diferença entre a vida e a morte. Sempre frio, calculista e implacável. Mas, diante das últimas palavras que havia dito a Amélia, ele sentia como se tivesse levado um tiro certeiro no peito.
Desde aquele dia no escritório, quando a acusou injustamente, a imagem de Amélia chorando ao sair pela porta não saía de sua mente. A cada noite em que ele deitava na cama vazia, com o perfume dela ainda impregnado nos lençóis, o arrependimento aumentava como uma ferida aberta que não cicatrizava.
Amélia não dormia mais ao lado dele. Tinha se mudado para um dos quartos de hóspedes, e essa era uma afronta que, em outras circunstâncias, Max jamais aceitaria. Mas agora… agora ele não tinha forças para impor nada. Porque, no fundo, ele sabia que havia errado. E errado feio.
A mansão estava mais silenciosa do que nunca. Maxin andava pelos corredores largos, mas cada passo ecoava com