Maxim
Maxim não dormia há dias. Os olhos vermelhos, a barba por fazer e o corpo sustentado por litros de café e raiva. O silêncio da casa parecia zombar da ausência de Amélia, como se cada parede gritasse o nome dela. Ele estava ficando louco, consumido por um vazio que só crescia.
A cada batida do coração, a pergunta ecoava: "Onde ela está?"
Ele estava sozinho em seu escritório quando a porta foi aberta com pressa.
— Maxim! — Nicole entrou esbaforida, acompanhada por Marques. Havia urgência nos olhos dela, e uma esperança rara que há tempos não se via.
Maxim se levantou de súbito, a tensão em seus ombros era visível.
— Encontraram alguma coisa? — ele perguntou, a voz rouca, cansada, mas faminta por qualquer pista.
Marques assentiu com firmeza, colocando um notebook sobre a mesa.
— Conseguimos rastrear um código de satélite usado para transmitir sinais curtos de rádio. Estávamos certos: o traidor tentou enviar as coordenadas para Sergei. Mas conseguimos interceptar antes que fosse ap