A despedida

Amélia

Parece que minha amiga esqueceu o pilantra que partiu seu coração, porque ela estar bem alegre fazendo as malas, enquanto eu estou muito triste de ter que deixar este lugar, na verdade estou com muito medo do que vou encontrar longe destes murros, suspiro profundamente colocando minhas roupas na mala, a senhora Morgana entrar no quarto e me olha com carinho dizendo.

— Porque está cara triste? Ela fala me ajudando a dobrar as minhas roupas

— Estou com medo, falo baixinho

— Você é uma garota forte e já passou por muita coisa nesta vida e merece ser feliz, ela fala sincera

— Eu sou feliz aqui, lá fora tem pessoas maus, não posso conviver de novo com eles, falo com medo

— Amélia você tem esquecer o passado e tudo que aconteceu com você e começa a pensar no futuro, quem sabe até casar, tem filhos e fazer uma faculdade, Senhora Morgana fala docemente

— Eu não quero casar, homens me dão medo, mas fazer uma faculdade é o meu sonho, falo empolgada

— Então animação e pensamento positivo, vocês vão trabalhar com meu amigo num restaurante mais sofisticado da capital e vai dar tudo certo, dona Morgana fala rindo e minha amiga abraça nos duas gritando

— Vamos ganhar muito dinheiro e arrumar um marido gostoso, ela fala pula e nós sacudindo e todos nós caímos na gargalhada.

Despedida é sempre muito triste e claro que chorei, me despedir das meninas, da casa, de dona Maria, de dona Morgana e principalmente dos anos felizes que vivi nesta casa, foram 3 anos maravilhosos que não vão voltar, agora eu sou uma adulta ou melhor o estado me considera adulta, apagando toda a minha ficha para que eu possa começar do zero, mesmo assim não sei se estou preparada para ser adulta, Eu penso enquanto o carro se afasta da casa que vive por 3 anos, olhe para minha amiga sentada no banco ao meu lado ela parece tão empolgada e feliz, o motorista do Uber dirigem em silêncio enquanto toca uma canção antiga no rádio, o carro para frente A Rodoviária e minha amiga paga a corrida, pegamos as malas e andamos rápido para onde estar estacionado o ônibus.

Um frio na barriga e o medo do desconhecido enquanto o ônibus pega a saída da nossa cidade, era final da tarde e o Sol já estava indo embora, a poltrona do ônibus é bem confortável dá até para dormir, mas estava ansiosa demais para conseguir pregar o olho, quanto a minha amiga Laís ela encostou a cabeça no banco e começou a cochilar, eu fecho os olhos e tenta dormir no silêncio do veículo, mas infelizmente a minha cidade é grande e o medo do que vou encontrar ainda é maior, pega um livro e começo a ler mesmo não conseguindo me concentrar em nenhuma palavra.

A viagem parece longa e cansativa, o silêncio que percorre o ônibus assim como a escuridão do caí da noite, e um pressentimento ruim me atinge, nada de bom aconteceu comigo enquanto estava fora daqueles muros do reformatório, por incrível que pareça lá foi o único lugar que eu me senti em paz e tranquila, antes disso não consigo lembrar uma vez só que eu me senti feliz, talvez quando a minha mãe era viva, mas as lembranças já estão sumindo da minha mente, mesmo eu tentando não esqueci dela, não consigo nem lembrar do seu rosto se não olho para sua foto, eu não sei o que o futuro me reserva, mas não acredito que seja algo bom afinal eu sou uma garota azarada.

A minha tia sempre me disse que eu era uma inútil e a única coisa que eu IA ser era uma prostituta igual a minha mãe, confesso que toda vez que ela falava essas palavras a minha vontade era de boa no seu pescoço, Eu achava que minha tia tinha inveja da minha mãe e falava essas coisas para e humilha, mas agora parando para pensar minha mãe não trabalhava, e tinha bastante dinheiro para me levar para passear e pagar o aluguel daquela casa, nós não éramos ricas mas conseguíamos viver muito bem, então eu penso onde minha mãe arrumava aquele dinheiro? será que a minha tia estava falando a verdade? não eu não quero pensar aqui minha mãe fazia algum tipo de coisa errada, A única coisa que eu quero lembrar é que minha mãe me amava e que ela era a pessoa melhor que eu já conheci na vida e ninguém vai fazer eu mudar esse pensamento,

Me assustou quando o ônibus finalmente para numa Rodoviária gigante e cheia de outros ônibus e pessoas, Letícia acorda animada para descer explorar o novo lugar, enquanto eu quero ficar aqui dentro desse ônibus onde parece ser seguro, Sem chances a minha amiga me arrasta pelo braço e eu vou pegando as nossas bolsas que estão acima de nossa cabeça, descemos do ônibus Letícia foi pegando essa bagagem, e eu estou parada morrendo de medo olhando em volta aquele multidão de pessoas que andam para lá e para cá, ninguém conhece ninguém, estou num lugar totalmente hostil com pessoas estranhas que passa por mim como se eu não existisse, pensando assim parece bom afinal não quero que ninguém me note quero ser invisível, Uma pessoa invisível pode viver muito bem no meio dessa selva, vou trabalhar estudar e a juntar um dinheiro, não quero namorados, paqueras ou qualquer tipo de contato com sexo oposto, Vou viver a minha vida bem discreta e sem ser notada por ninguém, só por minha amiga que insiste em me agarrar e falar comigo alto na frente desse povo esquisito, Letícia arrasta a mala e eu sigo ela com minha própria bagagem, subindo as escadas Rolante a procura de um carro que nos leve até o nosso destino, Eu estou completamente perdida nem sei onde estou, mas a minha amiga é inteligente e comunicativa e logo descobriu onde devemos pegar um carro a que nos leve até o restaurante, parece que lá tem alguns quartos para funcionários que não tem onde morar.

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