O jantar com os italianos havia terminado, mas o nome de Valentina ficou pairando na mente de Maxim e de Nikolai como uma sombra incômoda. Nenhum dos dois confiava em pessoas que apareciam de repente, ainda mais envoltas em beleza e mistério.
No entanto, era impossível negar: a mulher sabia como usar cada gesto, cada olhar, como se dançasse em um tabuleiro invisível, movendo peças sem esforço.
Nos dias seguintes, ela encontrou formas sutis de reaparecer. Primeiro, em reuniões casuais organizadas pelos italianos. Depois, em encontros sociais, eventos beneficentes, sempre no mesmo círculo restrito em que os dois homens estavam.
Maxim percebeu logo o padrão. Valentina nunca surgia por acaso. Ela se colocava sempre próxima, mas nunca de forma forçada. Um sorriso no momento certo, uma pergunta aparentemente inocente, um toque discreto no braço durante uma conversa.
— Essa mulher é um veneno — murmurou Maxim certa noite, ao lado de Nikolai, quando ela se afastou para cumprimentar outros con