Capítulo 62: O Jogo na Capela

O crepúsculo sangrava sobre as colinas de Itu, transformando o céu em uma tela de roxos e laranjas. Para Gabriel, que caminhava pelo campo aberto em direção à capela, as cores da beleza natural eram apenas um pano de fundo para a feiura do que estava por vir. Cada passo era deliberado, exposto. Ele era a isca, e sentia os olhos invisíveis dos atiradores de Leônidas em suas costas, em sua cabeça.

Ele parou em frente às grandes portas de madeira da capela. Estavam entreabertas, um convite silencioso. Ele não entrou. O interior era uma armadilha óbvia. Ele se sentou nos degraus de pedra, as costas para a porta, encarando a escuridão que se aproximava. Mostrava a Leônidas que ele escolheria o terreno do confronto.

Dez minutos depois, o som de um motor quebrou o silêncio do campo. Um SUV escuro e robusto subiu a colina e parou a uns vinte metros da capela. Os faróis se apagaram. A porta do motorista se abriu e Leônidas Tavares desceu. Ele estava sozinho.

No fone de Gabriel, a voz de Lara s
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