A viagem de volta da fazenda em Itu foi imersa em um silêncio denso e pesado. O nome que Leônidas lhes dera, Silas Montenegro, ecoava dentro do carro como uma vibração fantasma, uma palavra que parecia ter peso e temperatura. Era fria. E pesava sobre eles como uma mortalha.
Eles não falaram. Marina, no banco de trás, estava encolhida, os olhos fechados, tentando processar a insanidade das últimas vinte e quatro horas. Lara, no banco do passageiro, olhava para a escuridão da estrada, mas sua mente estava longe, revivendo o confronto entre seu pai e o homem ao seu lado. E Gabriel... Gabriel dirigia, mas sua mente estava em outro lugar, em um território escuro e perigoso de seu passado, vasculhando memórias e sussurros em busca de qualquer fragmento de informação sobre o fantasma que agora eles caçavam.
— Silas Montenegro... — foi Marina quem finalmente quebrou o silêncio, a voz pouco mais que um sussurro. — Eu nunca ouvi esse nome. Joguei no Google enquanto vocês estavam na fazenda. Não