A clínica veterinária tornou-se um quartel-general improvável. O cheiro de antisséptico e medo animal se misturava à tensão de uma guerra particular. Alves, o veterinário, após se certificar de que Gabriel não morreria de sua lesão, estabeleceu suas regras.
— Minha ajuda foi para você e para as garotas, Marina — ele disse, a voz baixa e séria. — O que vocês fazem com... o ‘cachorro raivoso’ ali dentro, é problema de vocês. Mantenham o silêncio, não me metam nisso mais do que já estou, e saiam assim que puderem. A porta dos fundos é de vocês. A da frente não existe.
Com isso, ele se retirou para seu pequeno escritório, fechando a porta, um homem bom que sabia a hora de virar as costas para não ver o que não devia.
Isso deixou Gabriel, Lara e Marina sozinhos com o monstro na jaula.
Marina, ainda pálida e abalada, fez um chá forte para todos. Lara, por sua vez, encontrou uma nova resolução. A passividade do medo havia sido substituída por uma necessidade ardente de respostas. Elas se sen