Quando dois mundos se despem juntos
Subiram as escadas. O ranger da madeira era a única trilha além do coração disparado de ambos. O quarto principal do chalé os recebeu com lareira acesa, lençóis claros, cortinas longas dançando com o vento da montanha.
Navarro pousou Laura no chão e a fitou como quem precisava memorizar cada traço. — Você tem certeza? — perguntou, a voz grave, mas vulnerável.
Laura sorriu e tocou o rosto dele com as mãos pequenas. — Se eu não tivesse, não estaria aqui.
Ele a beijou de novo, desta vez sem freio. As mãos dele deslizaram por sua cintura, puxando-a para mais perto, e ela correspondeu, passando os dedos por entre os cabelos dele, puxando firme, como quem não queria mais soltar.
A camisa larga que ela usava caiu primeiro. Ele parou por um instante, olhando para ela como quem contempla algo sagrado. — Linda… — foi tudo o que conseguiu dizer.
Laura riu baixinho, encabulada, mas foi ela quem puxou a camisa dele para cima, revelando o corpo marcado por cicatr