ALEX
O luto me consumia, mas a raiva era meu motor. Eu tinha um filho para amar, Lua para fazer andar e Natália para destruir. O desaparecimento de Merlya era um peso esmagador, mas a menção de César por Lua me deu um alvo.
Eu estava no meu consultório, fingindo revisar o prontuário de Lua, quando meu celular vibrou. Era uma mensagem de texto de um número desconhecido, sem remetente.
O Dr. César usava um galpão abandonado perto da Avenida Industrial. Ele tinha uma rotina de três vezes por semana. Use a cobertura da sua investigação sobre tráfico de medicamentos, mas procure por um carro preto.
Meu coração disparou. Não era a polícia. Não era a família. Era alguém que sabia de César e, possivelmente, de Natália.
Liguei imediatamente para Luiz.
— Você viu essa mensagem? — perguntei, forçando minha voz a soar como a de um homem que acabara de receber uma pista anônima.
— O quê? Mensagem? — Luiz perguntou, surpreso. — De quem?
Eu li a mensagem para ele.
— Isso é muito específico, Alex.