NATÁLIA
O volante tremia em minhas mãos, mas não era o carro; era a fúria. Aquele confronto caótico na casa da família de Merlya havia destruído meses de planejamento meticuloso. Anahí gritou a verdade: Merlya está viva.
O fantasma não estava enterrado; estava à solta. E Miguel e aquela pirralha, Lua, sabiam. Pior: Alex estava no meio dessa teia, mesmo baleado.
Eu parei o carro na entrada da minha mansão, meu palácio. O bebê estava no berço, dormindo. Minha sogra, a mãe de Alex, estava na sala, cuidando dele. A farsa tinha que acabar.
Peguei meu celular e liguei para o número seguro de César.
— Você falhou, seu incompetente! — Rosnei, mal controlando a voz.
— O que aconteceu? — A voz dele estava tensa.
— A falha que você me garantiu estar morta está viva! Merlya está viva! E a família idiota dela e aquela Anahí sabem! Eles arruinaram tudo!
— Calma, Natália. O plano ainda pode ser salvo. Eu vou atrás dela.
— Não! Não perca tempo. Venha para a mansão. Agora! Eu vou usar a nossa única v