NATÁLIA.
A sala estava vazia, mas eu ouvi um choro vindo do corredor. Eu corri para lá.
E então, eu a vi.
Lua, a irmã mais nova de Merlya, estava chorando, encostada na parede, apoiada em suas muletas. Ela estava sozinha.
Eu não vi Merlya, mas a irmã ferida era um prêmio. Eu a puxei pelo braço.
— Onde está a sua irmã, sua inválida?!
— Me solta! Eu não sei! — Lua gritou, debatendo-se e tentando me afastar com uma das muletas.
— Você está mentindo! Ela está viva, não está? E você sabe onde ela está! Diga-me, ou eu juro por Deus que o seu luto será real!
Eu apontei a arma para a cabeça dela, o toque frio do metal assustando-a até o silêncio.
— Onde está Merlya?! Ou eu termino o trabalho que você e seu irmão fizeram! Eu não quero um tiro na cabeça para você! Eu quero que você sofra a mesma dor que sua irmã!
— Eu não sei! Ela se foi! — Lua soluçava.
— Mentirosa! Se você não me disser onde ela está, o seu irmão, o culpado pelo seu acidente, vai pagar por isso!
Neste m