ALEX
A raiva me tornou um alvo fácil. Ignorei os avisos de Luiz e as precauções. A imagem de Merlya sendo arrastada, o vídeo do seu rosto machucado—tudo alimentava minha fúria. Eu estava caçando o homem que tirou a mulher que eu amava.
Usando as informações filtradas por Luiz sobre o nome falso de César, "Carlos Eduardo Silva", rastreei-o até um escritório abandonado no centro. Eu estava obcecado com a vingança pessoal.
Entrei no prédio escuro. A arma que peguei de Merlya (um presente de seu pai) estava pesada e fria em minha mão.
— César! Onde está ela?! — gritei, minha voz ecoando na escuridão.
Ele saiu da única sala iluminada, calmo, vestido com um terno escuro. A calma dele era um insulto à minha dor. Ele segurava uma arma.
— Ah, Dr. Alex. O viúvo vingativo. Fico feliz que tenha vindo.
— Onde está o corpo dela? Onde você a jogou? — Exigi, minha garganta apertada de luto.
César sorriu, um sorriso de desprezo que me fez cambalear.
— O corpo dela? Por que você está tão obcecado com