O dia iniciou agitado para nós, havíamos muito o que fazer na capital antes de voltar ao rancho. Procurei meu amigo delegado, conversei com ele e ele me afirmou que me ajudará em tudo que puder, pedi para que ele fosse discreto pois eu não queria chamar até não sem falar que meu pai tinha olhos por todos os lados. Depois disso, resolvi ir atrás de Hellen.
Atravessei a recepção firme, o rosto tenso. A secretária anunciou meu nome, e Hellen, ao me ver entrar em sua sala, hesitou por um instante antes de disfarçar com um sorriso protocolar.
Poré, não retribuí.
— Que surpresa — ela disse, tentando manter a voz leve. — Achei que o nosso último encontro tinha encerrado qualquer assunto pendente.
— Pois é. Também achei. — Coloquei o celular sobre a mesa, a tela acesa exibindo a foto da pulseira. — Reconhece?
Ela se inclinou, franziu o cenho.
— Claro que reconheço... é a que você me deu. Onde conseguiu isso?
— No rancho. — A resposta veio seca, cortante. — Depois do incêndio.
O ar