O dia amanheceu com o canto dos galos ecoando pelo rancho. Para mim, aquilo já era parte da rotina, mas para Lucas… era um despertador inesperado.
— Quem inventou esse barulho antes das seis da manhã? — ele resmungou, saindo do quarto com o cabelo bagunçado e a camisa ainda torta.
— Isso é o campo, meu caro. — Papai respondeu sério, tomando o café na varanda como fazia todas as manhãs.
Lucas pigarreou, endireitou a postura e tentou disfarçar o constrangimento. — Eu… eu acordei cedo para ajudar. Quero aprender como é a vida aqui.
Mamãe trocou um olhar divertido comigo e com Ana, como quem já sabia onde isso iria dar.
— Então venha comigo. — Papai levantou-se, entregando-lhe um chapéu de palha. — Vai começar puxando água para os bebedouros.
Lucas colocou o chapéu meio torto e seguiu, decidido. Eu e Ana fomos atrás só para assistir ao espetáculo.
A primeira dificuldade surgiu quando tentou carregar o balde cheio. Derramou metade no caminho e quase caiu com o peso.
— É mais difíci