Aquela luz entrando pela minha janela era tão linda... o Sol todas as manhãs parecia me dar bom dia.
Eu estava cansada, com um peso no corpo. Desde que terminei a faculdade e voltei para casa, faço tanta coisa que acho que me desacostumei com a rotina do rancho.
Já passava das nove da manhã, e a preguiça me dominava. Precisava de um banho. Levantei-me arrastada, tomei um banho frio para despertar e, no meio dele, lembrei da noite passada. Que jantar mais aleatório da minha vida... Aquele homem. Será que já o vi em algum lugar ou era apenas um rosto comum?
Terminei o banho e, ainda enrolada na toalha, desci até a cozinha atrás de café. Achei que só mamãe estaria em casa – ou nem ela, já que disse que teria de resolver algumas coisas na cidade.
Mas, ao entrar, dei de cara com Henrique saindo da cozinha. Nos trombamos, e por pouco minha toalha não caiu.
Soltei um grito de susto; ele também se assustou.
– Aurora, me desculpe! Sua mãe estava saindo e disse que eu podia entrar – dis