O carro entrou pelo portão eletrônico e seguiu pela garagem subterrânea. Tudo era enorme, iluminado, organizado demais para o caos que eu estava acostumada no rancho.

— Bem-vinda ao meu humilde lar. — disse ele com ironia, girando o volante até estacionar em uma vaga impecavelmente alinhada.

— Humilde? — olhei ao redor. — Lucas, se isso é humilde, o rancho onde vivo deve ser classificado como... acampamento de sobrevivência.

Ele riu, tirando o cinto de segurança com aquele ar de “tudo em câmera lenta”. Eu, por outro lado, lutei contra o meu, que parecia ter se transformado numa serpente me laçando viva.

— Mas que... — puxei, empurrei, e o cinto voltou de uma vez só, me prendendo ainda mais. — Ai!

Lucas me observava com o cotovelo apoiado no volante, rindo escancarado. — Continua a mesma, tropeçando até em cinto de segurança.

— Cala a boca e me ajuda, seu outdoor ambulante! — reclamei, sem paciência.

Ele esticou o braço, aproximando-se demais, e com um simples clique liberou o c