Capítulo 5 - O Despertar da Tempestade

Luna Dal

O luxo do meu quarto de hotel em Dubai era um insulto à tempestade que rugia dentro de mim. Acordei com o sol da manhã invadindo a suíte, mas a escuridão da noite anterior ainda estava impressa na minha pele. Cada centímetro do meu corpo doía, não de dor física, mas de uma exaustão emocional e de um desejo reprimido que eu não sabia que era capaz de sentir.

Dormi sem ao menos tirar a roupa,  agora a noite mal dormida era nítida em mim. Eu queria desaparecer embaixo das cobertas e esquecer completamente a noite passada.

Eu me levantei, sentindo o peso da noite anterior. A memória do Sheik Rashid Al-Jamil, com seus olhos de fogo e suas mãos dominadoras, era um fantasma que assombrava o quarto. Eu me lembrei de cada beijo, cada toque, cada palavra de domínio que ele sussurrou em meu ouvido. Ele me levou ao limite, me fez implorar, e eu o neguei. Foi uma tortura fugir.

— Você é uma idiota e incompreensível, Luna — eu murmurei para o meu reflexo no espelho.

Eu havia fugido. Eu havia corrido do palácio como uma adolescente assustada, deixando para trás um Sheik furioso e frustrado. Mas eu não podia ceder. Não podia me render a ele. Não podia deixar que ele descobrisse o meu segredo.

O trauma da perda do meu primeiro amor ainda era uma ferida aberta. Eu havia me fechado para o amor, para a intimidade, para a vulnerabilidade. Eu havia construído um muro ao redor do meu coração, e o Sheik Rashid Al-Jamil era o único homem que ousava escalá-lo.

Eu me lembrei da minha recusa. Não foi fácil. Meu corpo gritava por ele, minha alma ansiava por sua possessividade. Mas eu não podia. Eu não podia dar a ele o poder de me destruir.

Eu tomei um banho frio, tentando lavar a memória do Sheik da minha pele. Mas o perfume dele, o cheiro de sândalo e especiarias, ainda estava impregnado em mim. Eu era uma tela em branco, e ele havia pintado sua obra-prima em mim.

Eu me vesti, escolhendo um terno de linho branco, o oposto do vestido esmeralda da noite anterior. Fiz uma maquiagem caprichada, para escoder minha péssima noite. Eu precisava de armadura, de proteção. Eu precisava ser a empresária fria e calculista, a perfumista de sucesso que não se dobrava a ninguém.

O telefone tocou. Era o Sheik.

— Luna Dal — a voz dele era um trovão, um som que me fez tremer. — Como dormiu depois da fuga?

— Eu não fugi, Sheik Rashid Al-Jamil — eu respondi, a voz firme, apesar do tremor em minhas mãos. — Eu apenas retornei ao meu hotel. Eu sou uma empresária, não uma concubina de harém.

— Você estava gostando da noite.

— Eu sou sua parceira de negócios, Sheik. Apenas isso. Não parceira de cama.

— Você está errada, Luna. Você será os dois. E eu vou te provar isso.

Ele desligou, deixando-me sozinha com o meu medo e o meu desejo. Eu sabia que a batalha estava apenas começando. Uma tempestade estava se formando. E eu estava determinada a vencer.

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