Capítulo 6 - O Preço do Poder

 

Sheik Rashid Al-Jamil

 

O telefone estava frio em minha mão, mas o calor que Luna havia acendido em mim na noite anterior, e reacendido com sua voz desafiadora, era uma fornalha.

— Eu sou sua parceira de negócios, Sheik. Apenas isso.

A frase dela ecoava em minha mente, um insulto à minha autoridade. Ela pensava que podia ditar as regras do jogo. Ela pensava que podia me negar. A recusa dela não me enfureceu; ela me obcecou. Luna Amoretti Dal era uma equação que eu ainda não havia resolvido, um perfume que eu ainda não havia decifrado, e eu não descansaria até que ela estivesse completamente sob meu controle. O desejo que ela despertava era um fogo que eu não sentia desde a juventude, e a única maneira de apagar esse fogo era possuí-la. Não apenas seu corpo, mas sua mente, seu espírito indomável. Ela era a tempestade, e eu era o deserto. O deserto sempre engole a tempestade.

Minha rotina começou com a precisão de um relógio suíço, uma antítese ao caos que Luna representava. Às 6h00, meu assistente pessoal, Omar, já estava à porta do meu quarto no palácio, aguardando ordens. O palácio, uma fortaleza de mármore e ouro, era o meu domínio, um reflexo do meu poder. Cada peça de arte, cada tapete persa, cada painel de madeira exótica, falava de séculos de domínio e riqueza. Eu não era apenas um Sheik; eu era o pilar de uma dinastia, o guardião de um império.

O banho foi rápido, a água quente lavando o resquício da frustração da noite anterior. Enquanto meu barbeiro pessoal aparava minha barba com a precisão de um cirurgião, eu revisava os relatórios de segurança e os mercados de ações. Não havia espaço para emoções em meu mundo. Emoções eram fraquezas, e fraquezas eram luxos que eu não podia pagar.

A traição de minha ex-noiva, Fátima, anos atrás, havia me ensinado essa lição de forma brutal. Ela, a mulher que eu havia escolhido para ser minha Rainha, havia me humilhado publicamente, trocando-me por um rival político. A dor não foi o pior; foi a perda de controle, a vulnerabilidade exposta. Desde então, eu havia jurado que nunca mais permitiria que uma mulher tivesse o poder de me ferir. Eu controlava. Eu dominava. Eu possuía.

Luna, com sua audácia, sua beleza selvagem e seu perfume desafiador, era o teste final dessa promessa. Ela era o risco que eu estava disposto a correr, mas apenas sob minhas regras. Ela pensava que era fria, que era apenas negócios. Eu a faria queimar. Eu a faria implorar. Eu a faria se render a mim de uma forma que Fátima jamais poderia ter feito.

Às 8h00, eu estava na sala de reuniões, presidindo um conselho de diretores que controlava metade dos investimentos em infraestrutura do Golfo. Minha presença era um peso, meu silêncio, uma ameaça. Eu ouvia, analisava e, em segundos, tomava decisões que movimentavam bilhões.

— O projeto de Abu Dhabi está atrasado em três dias, Sheik — disse o Diretor de Operações, com a voz tensa.

— Três dias é inaceitável, Ahmed. Corrija isso. E envie uma equipe de auditoria para o canteiro de obras. Quero saber onde está o gargalo e quem é o responsável. A ineficiência será punida.

Minha voz era calma, mas a ameaça era clara. Não havia perdão para a falha. Meu mundo era preto e branco, controle e caos. E Luna era o caos que eu estava prestes a organizar.

O pensamento dela me atingiu no meio da reunião, um flash de pele pálida e olhos desafiadores. Ela era uma distração, e eu odiava distrações. Mas essa era uma distração que eu estava disposto a tolerar, porque ela era a única que me fazia sentir algo além do peso da coroa.

Eu peguei meu telefone e enviei uma mensagem a Omar.

“Prepare a suíte presidencial no Burj Al Arab. Quero que Luna Amoretti Dal seja transferida do hotel dela para lá. Imediatamente. E envie um presente. Algo que a lembre de quem ela pertence.”

Não era um pedido. Era uma ordem. Ela havia tentado me afastar com sua conversa de "apenas negócios". Eu a traria para o meu mundo, para o meu palácio, para a minha cama. Eu a cercaria de luxo e poder, e a faria entender que a única regra que importava era a minha.

Eu voltei minha atenção para a reunião, mas meus pensamentos estavam em uma perfumista teimosa pensava que podia me desafiar.

— E quanto ao projeto do novo hotel, Sheik? — perguntou o Diretor de Marketing. — A perfumista, Luna Dal, já está em Dubai?

Um sorriso lento e frio se espalhou pelo meu rosto.

— Ela está. E ela está exatamente onde eu quero que ela esteja. Ela fará o perfume.

E ela fará muito mais.

Eu não estava interessado em seu corpo como um objeto. Eu estava interessado em seu espírito como um troféu. Eu a faria se apaixonar por mim, e então eu a controlaria. Essa era a minha vingança contra o mundo, a minha prova de que o controle era a única verdade.

Eu a faria minha. E ela não teria escolha a não ser se render.

 

 

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