Alejandro Albeniz
Dizem que quem não deve não teme, mas não sabia porquê, ao ver Ximena conversando com os policiais, algo em mim se moveu aqui dentro. Senti um arrepio, uma coisa estranha e a necessidade urgente de tirar eles de perto dela.
Lembro de um dia que cheguei em casa e Mercês me informou que o acidente entraria em investigação pela civil. Eu pouco me importei, tinha certeza de que não fiz nada de errado, mesmo assim, ao vê-los aqui, algo me incomodou. Eu só ainda não entendia o motivo.
Entramos na minha sala e falei para eles se acomodarem. Um deles sentou na poltrona e os outros dois nas cadeiras de frente para mim.
— Então, senhor Albeniz, que curioso a noiva de Carlos Alcaraz trabalhando aqui na sua empresa, gratidão ou remorso? — um dos policiais questionou.
Foi impossível não franzir o cenho. Que porra o policial estava pensando?
— NRA, nenhuma das respostas anteriores. — falei debochado. — Ximena Valverde entrou aqui pelo próprio mérito, só tomei ciência dela na va