Ximena Valverde
Eu praticamente tive que fugir de Madri.
Foram dias tensos, angustiantes. Jacques e eu estávamos desesperados com o sumiço de Alejandro. Há dois dias, não conseguíamos nenhum contato com ele. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Silêncio absoluto.
A preocupação só aumentava, mas o pior foi que meus pais tentaram me impedir de todas as formas de voltar para Granada. Alejandro havia falado diretamente com eles, pedindo — ou melhor, suplicando — que não me deixassem sair de Madri sob nenhuma hipótese. Ele queria me proteger, disso eu não duvidava. Sabia que ele estava envolvido com algo perigoso, e fazia o possível para me manter afastada disso. Mas não podia deixá-lo sozinho. Essa luta não era só dele. Era nossa.
— Jacques, precisamos ir agora. — Eu disse, determinada, segurando o celular com as mãos trêmulas. — Não vou abandoná-lo.
— Concordo. Também estou preocupado com ele — respondeu Jacques, o semblante sério. — Prepare-se. Partimos ainda hoje.
Eu liguei para Jacques