Nina ainda segurava o celular desligado quando a voz de Alex cortou o silêncio que se instalara entre eles.
— Então… você já escolheu os nomes.
A frase não tinha julgamento, nem ironia. Mas bateu fundo. Nina ergueu os olhos lentamente, como se percebesse só agora o que tinha feito. Uma pequena culpa se formou em seu peito, crescendo com o peso da consciência.
— Eu… — ela começou, as palavras presas no nó da garganta. — Eu falei sem pensar. Quando vi, já tinha dito. Clara, Gael e Noah… eu não queria decidir sozinha. Juro.
Alex observou-a por alguns segundos, depois desviou o olhar, pensativo. Não parecia bravo. Mas havia algo no seu silêncio que doía mais do que gritos.
— Você escolheu justamente os que estavam no topo da nossa lista — ele disse, quase como quem se explicava para si mesmo. — Eu teria escolhido os mesmos.
Ela piscou, surpresa.
— Você não está chateado?
Ele riu de leve, mas foi um riso curto, sem ironia.
— Não. Só… surpreso. Talvez um pouco triste. Não por você ter falad