Mesmo no quarto que Adrian havia lhe dado, um espaço mais afastado da tensão do grande salão, Eyla sentia o peso das expectativas sobre seus ombros. As velas projetavam sombras dançantes nas paredes de pedra, e o fogo na lareira crepitava suavemente, mas nem mesmo o calor era suficiente para dissipar o frio em sua pele.
Adrian estava de costas para ela, encostado na janela aberta, seu olhar perdido na vastidão da floresta. Ele tamborilava os dedos no parapeito de madeira, um sinal de inquietação que ela já aprendera a reconhecer.
— O que você está pensando? — Eyla quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas firme.
Ele virou-se para ela, os olhos verdes brilhando sob a luz do fogo. Por um momento, Adrian não disse nada, apenas a observou, como se procurasse algo dentro dela, alguma resposta que ele temia escutar em voz alta.
— Que queria poder tomar essa decisão por você — admitiu por fim, sua voz rouca. — Mas não posso. E isso me mata.
Eyla engoliu em seco. Sabia que não era uma escolha si