O caminho até a sala de Christopher foi como uma marcha fúnebre. Cada clique de seus saltos no piso de mármore ecoava como um tic-tac do seu tempo prestes a se esgotar. Ela se preparou para mais um interrogatório técnico, revirando mentalmente os dados do último relatório.
Ao entrar, a surpresa. A sala era ampla, com vista para a cidade, mas era… surpreendentemente despojada para um herdeiro. Livros espalhados, uma guitarra elétrica encostada num canto, um sofá de couro desgastado além da enorme mesa de trabalho. Ele não estava atrás da mesa. Estava encostado na janela, olhando para o horizonte, e se virou quando ela entrou.
— Srta. Cortez. Obrigado por vir. — A voz dele estava diferente. Menos cortante, mais contemplativa. —O senhor pediu a análise, senhor Moretti? — ela disse, mantendo a postura profissional, as mãos suadas nas costas. —Deixe a análise por um momento. — Ele fez um gesto vago em direção ao sofá. — Sente-se.
Hesitante, Carolina obedeceu, sentando na beirada do móvel,