A suíte, antes um cenário de sonho com sua vista deslumbrante, havia se transformado em uma arena de desconforto silencioso e latente. As luzes principais estavam apagadas, deixando apenas a luz suave de um abajur de base de mármore na mesa de cabeceira de Christopher e o brilho fantasmagórico de Milão que entrava pela sacada semiaberta. Esse banho de luz prateada e dourada criava sombras longas e dançantes que se esticavam pelos móveis elegantes, como dedos tentando alcançar o outro lado do quarto.
Cada som era amplificado no silêncio da noite europeia. O zumbido distante do tráfego era como um mar ao longe. O rangido quase imperceptível da estrutura do prédio secular. O próprio ritmo da respiração do outro, um sussurro íntimo e constante no escuro.
Carolina estava deitada de costas, os olhos abertos fixos no dossel de seda da cama king size. Ela estava hiperconsciente de cada movimento de Christopher na cama a apenas alguns metros de distância. O som da cama mexendo os lençóis de al