A luz da manhã italiana, forte e dourada, invadiu a suíte pelas frestas das pesadas cortinas de veludo, iluminando finas partículas de poeira que dançavam no ar. Para Carolina e Christopher, no entanto, aquela beleza era uma agressão. O despertador do telefone ecoou como um alarme de bomba, arrancando ambos de um sono superficial e agitado.
Eles se olharam através do quarto, num espelho de exaustão. Olheiras escuras sob os olhos vermelhos, expressões pálidas e levemente inchadas. Christopher, normalmente impecável, parecia ter dormido com o fato. Carolina, por sua vez, sentia a cabeça pesada e os pensamentos nebulosos.
— Café — ele rosnou, a voz mais áspera do que o habitual, esfregando o rosto. — Muito café.
— Duas xícaras. No mínimo — ela concordou, a voz rouca, enquanto se dirigia rapidamente à casa de banho, desesperada por um banho gelado para tentar despertar.
Uma hora depois, encontravam-se no saguão do hotel, onde o resto do grupo já os aguardava. Diego, impecável e radiante c